Polícia Federal deflagra operação de combate ao garimpo ilegal em terras indígenas no interior do AM
28/04/2025
(Foto: Reprodução) A operação ocorre de forma integrada com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Operação integrada de combate ao garimpo ilegal
Divulgação/PF
A Polícia Federal deflagrou a "Operação Nidaid Isquim", de combate ao garimpo ilegal dentro da terra indígena do Vale do Javari, região situada no extremo oeste do Amazonas. A ação teve início na última quinta--feira (24) e segue até o início de maio.
A operação ocorre de forma integrada com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp
Segundo a PF, nos primeiros dias da operação já foram inutilizadas 16 dragas e diversos maquinários utilizados no garimpo ilegal.
A Polícia Federal também promoveu diligências para coleta de informações de inteligência, que subsidiarão futuras ações com o objetivo de identificar os líderes e financiadores da atividade ilícita, bem como suas conexões com o crime organizado.
LEIA TAMBÉM:
ENTENDA: Garimpo subterrâneo é destruído pela Polícia Federal no interior do AM
ORDEM JUDICIAL: Justiça determina paralisação de garimpo ilegal no Rio Japurá, no Amazonas
O Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do Brasil, com cerca de 8,5 milhões de hectares, e abriga a maior população de indígenas isolados do mundo. Atualmente, há nove referências confirmadas de grupos isolados e outras cinco em estudo, além de aproximadamente 7.000 indígenas de diversas etnias, como:
Matis
Matsés
Mayoruna
Marubo
Kanamary
Kulina Pano
Korubo Matis,
Matsés,
Mayoruna,
Marubo,
Kanamary,
Kulina Pano,
Korubo
Tshom Dyapashom Dyapa
De acordo com a PF, o avanço do garimpo ilegal sobre esse território coloca essas populações em risco de contaminação por mercúrio e causa graves prejuízos culturais.
Vale do Javari: entenda por que região se tornou um dos locais mais perigosos da Amazônia